Atitudes das Famílias Face aos Membros Portadores de Psicose
Estudo de caso do Hospital Psiquiátrico do Lubango e do Centro de Reabilitação Psicossocial do Lubango – Angola
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10838687Palavras-chave:
Atitude, Psicose, Família, Cultura, Saúde mentalResumo
Este trabalho tem como objectivo conhecer atitudes das famílias face aos membros portadores de psicose do Hospital Psiquiátrico do Lubango e do Centro de Reabilitação Psicossocial de Arimba – Lubango. Em termos metodológicos usou-se a abordagem qualitativa e fez-se entrevista semiestruturada a oito sujeitos familiares de pessoas portadoras de psicose, foram encontrados nas instituições em que se realizaram a pesquisa, conforme acima referido, como acompanhantes dos seus familiares que padecem de psicose. Evidenciou-se que face aos sintomas psicóticos as famílias apresentam reações ou atitudes diversas. Em termos da componente comportamental face aos membros com psicose, as famílias agitam-se, tendem a se afastar da vítima, por falta de saber lidar com o desajuste dos seus parentes, sentem-se aborrecidas, agastadas e com vontade de abandoná-los. Na componente cognitiva evidenciou-se que alguns familiares acreditam que entre as causas da psicose são: feitiço, problemas familiares e pessoais, drogas, álcool entre outros. Quanto a componente afectiva. Percebe-se que viver com um familiar com psicose desperta sentimentos como aborrecimento, agastamento, medo, receio, raiva, tristeza, sentimento de impotência conforme os participantes se expressam. Houve também quem dissesse que se sente confortável face aos seus parentes com psicose.
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